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Relações Públicas e Movimentos Sociais


O tema da semana, “RP e Além!”, atravessa o olhar preconcebido a respeito do profissional de Relações Públicas que é/era voltado para organizações privadas ou órgãos públicos. Entenda a partir do nosso material apresentado, que este profissional não precisa estar diretamente focado nestes âmbitos de organizações, afinal, o RP acompanha as transformações sociais. Não é de se negar que no passado a profissão estava fortemente à serviço do capital, mas hoje ela também já é comprometida com os interesses públicos, com as necessidades de cada segmento e com os meios sociais.

Um exemplo disso, são os profissionais de RP envolvidos nos Movimentos Sociais. Entende-se movimentos sociais (ou populares) como a ação coletiva de um grupo que busca alcançar mudanças sociais através do embate político, de acordo com seus princípios e ideologias. Desse modo, tem como objetivo mudar a realidade opressora em que vivem, como o movimento LGBT e o movimento Feminista.

Umas das autoras mais voltadas a esse segmento é Cicilia Peruzzo. Ela produziu um artigo, em 1993, no qual mostra o papel do relações-públicas interagindo com as mudanças sociais ocorrentes de umas décadas para cá. Por meio das Relações Públicas Populares, o profissional pode começar a investir na transformação social, ajudando, por exemplo, a diagnosticar a situação do movimento e com base nisso, traçar as próximas estratégias dele. Também pode ajudar no planejamento, na implementação de programas e projetos, na melhoria da comunicação do mesmo, no relacionamento com as outras organizações da sociedade, entre outros.

Apesar dos movimentos populares recentes, ocorrentes no Brasil, serem fragmentários, como a própria autora cita, os mesmos colocam em evidência de que as lutas não são apenas pela democracia política e cultural, mas que, também, desejam lograr uma democracia econômica. Assim como existe os movimentos que pautam uma reivindicação ao acesso aos bens de consumo coletivo, existem os movimentos voltados às condições gerais e os que são voltados pela defesa dos direitos humanos. Diferente do que possa imaginar, o papel do relações-públicas envolvidos é feito de modo inserido. Em momento algum, eles estarão em vanguarda ou retaguarda do movimento, mas sim, caminhando junto e de forma dinâmica. Para que essa dinamicidade aconteça, a interdisciplinaridade com as demais áreas da comunicação é de extrema importância para a realização das atividades tendo e tornando, em forma efetiva, a prática da comunicação.

Com isso podemos observar a versatilidade do profissional de Relações Públicas e seu papel não só nas organizações privadas, mas também envolvido nas lutas sociais. Vamos mais além. AVANTE, RP!


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